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A Polícia Civil indiciou cinco pessoas pela morte de uma adolescente e por causar ferimentos a outras três em um acidente com brinquedo, que aconteceu em um parque de diversões instalado na FEICER (Feira da Indústria e Comércio de Ceres), no dia 26 de agosto de 2018.
Entre os nomes citados como responsáveis pelo caso estão o do dono do brinquedo, do responsável pelo estabelecimento, do operador da máquina e de dois engenheiros, sendo que um deles também responde por falsificação de documento público.
O advogado Laurentino Xavier da Silva, que representa o responsável pelo parque, Juarez Alves da Costa, o operador do brinquedo, Raimundo Genivaldo da Lima Costa, e o dono do equipamento, Joel de Quadra, disse que seus clientes estão à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.
“Os indiciados estão à disposição da Justiça. Após citados, comparecerão em juízo, onde responderão às imputações. Ao final, esperam a aplicação da justiça”, afirmou.
Acidente
O acidente aconteceu no dia 26 de agosto de 2018. Na ocasião, o brinquedo Surf, que simula o movimento de uma prancha sobre as ondas, deixou quatro adolescentes feridas: Isabela do Amaral Vieira, Thalia Aparecida Pires, Thatiely Carvalho Evangelista e Mariane Oliveira Dias, todas de 16 anos. A primeira delas morreu dias após ser internada.

Inquérito
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Matheus Costa Melo, tanto os engenheiros quanto os demais indiciados responderão por homicídio culposo e lesão corporal culposa.
Segundo o delegado, o estudo sobre as condições do brinquedo deveria ter sido feito pelos engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO).
“Tanto a Prefeitura quanto o Corpo de Bombeiros atuaram e exigiram todos os documentos necessários ao funcionamento do parque, contudo, a ART emitida pelo Crea foi elaborada por um funcionário sem competência para tanto, de maneira fraudulenta. Isso não impede a propositura de ações cíveis de responsabilidade objetiva em desfavor do Município e Estado. Respeito a opinião do promotor, que, caso queira, pode discordar do indiciamento da Polícia Civil e denunciar outros envolvidos ou por outros delitos. Caberá ao Poder Judiciário aceitar ou não está denúncia”, afirmou o delegado.
Ainda conforme Matheus Costa Melo, o laudo demonstrou que as causas do acidente foram as más condições de uso e de manutenção do brinquedo, aliados à possível falha humana. Provas testemunhais apontam que o operador da máquina não travou o brinquedo.
O promotor Marcos Rios disse que recebeu o inquérito na terça-feira (19) e já decidiu que vai pedir novas investigações. De acordo com ele, a proposta é pedir apoio a alguma delegacia especializada de Goiânia.


Com informações do G1 Goiás
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